A audiência pública foi uma peça de teatro mal ensaiada

Alegoria carnavalesca expõe a face maldosa do projeto que visa apenas destuir setores

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A audiência publica que tratou da reorganização da administração indireta da prefeitura, ocorrida na tarde de ontem, 11 de fevereiro, foi um verdadeiro show de horrores, uma peça de teatro, onde membros do governo, apoiados por alguns vereadores liberais, tentaram a todo momento enganar os presentes.

Contudo, graças a presença de diversas entidades representantes dos trabalhadores, foram despidos de deus papéis, expondo assim a real intenção do projeto de lei 749/19.

Logo no inicio da audiência o líder de governo e protagonista da alegoria, no alto de sua soberba, deixou claro que o projeto corria sob regime de urgência e que sequer seria necessária a realização da mesma, deixando no ar a sensação de que estavam ali fazendo uma caridade para os presentes, tudo isso, usando nada mais que uma apresentação de Power Point como referência para respaldar suas ideias absurdas.

Não foi difícil para que os representantes dos trabalhadores deixassem claro o quanto o projeto é subjetivo, amplo e sem nexo, e que o governo, pensa em apenas reduzir gastos e vender nossas estatais a troco de banana.

Quanto a CET, a única parte do projeto que nos atinge no momento, é a criação da Superintendência de Zona Azul que será criada dentro da estrutura da SP Regula, agência que será criada para tirar nossa arrecadação e distribuir aos cofres públicos e privados.

Tivemos uma fala precisa e dura do Presidente do SINDVIÁRIOS Reno Ale, que deixou claro que não abriremos mão de nossa empresa sem luta e que o governo deve pagar o que nos deve e deixar de usar as direções das empresas municipais como “rainhas da Inglaterra.”

O projeto ainda não tem data para voltar ao plenário para segunda votação, mas tivemos falas de parlamentares de partidos com o PT e PSOL de que quando ocorrer, farão o possível para obstruí-la. 

Quanto a nós trabalhadores, devemos ficar atentos ao retorno da pauta do PL 749/19, devemos lotar as galerias do plenário da Câmara Municipal e pressionar os vereadores a retirarem o projeto de discussão. 

Deixamos claro que a participação dos trabalhadores foi pífia,  diante do risco iminente, não podemos continuar acreditando que apenas as representações vão resolver o nosso problema, para garantir os nossos empregos, precisamos de união e participação.

Representantes dos trabalhadores são apenas o instrumento para a organização e luta, sem a participação e respaldo da categoria, não há força para enfrentar pressão de tamanho calibre, como os políticos neo liberais e empresários sedentos pelo poder e dinheiro.