Vivemos em uma cidade onde os criminosos estão soltos, fazendo suas vítimas, e o poder público simplesmente não atua preventiva nem ostensivamente para combater esses marginais.
Sabemos onde e quando, mas parece que as chefias da CET também viram as costas e se curvam a 90° para atender os desejos do prefeito.
Duas cenas imperdoáveis que poderiam ser evitadas ocorreram nesta semana durante a visita à Cidade Tiradentes.
Dias antes, na semana passada, à noite, durante a implantação de placas e manutenção semafórica, um grupo de trabalhadores teve seus pertences furtados, e na sexta-feira, também à noite, para fechar com chave de ouro, um agente de trânsito teve seus pertences e sua viatura roubados.
As duas ocorrências aconteceram por falta de atenção da chefia, por falta de ação da chefia, por falta de capacidade da Polícia Militar e da GCM.
O mínimo que esperamos daqueles que não saem da segurança de suas salas climatizadas é garantir a vida de seus comandados e não se render aos pedidos do prefeito!
Ressaltamos que tal fato não ocorre somente na zona leste, mas em toda a cidade. Por isso, solicitamos que todos os trabalhadores e trabalhadoras que foram envolvidos em crimes durante sua jornada, seja ela operacional ou administrativa, entrem em contato com o SINDVIÁRIOS para nos fornecer documentos que fortaleçam nossa denúncia.
Se a Polícia Militar e a GCM não têm condições de acompanhar um evento em área de risco, falta coragem para a chefia dizer não.
Colocar trabalhadores à noite, sozinhos em viaturas, apenas para mostrar ao prefeito e à municipalidade que estamos na rua em grande número de agentes, o que é uma grande e deslavada mentira, ajuda a colocar um alvo no peito desses pais e mães de família.
Vamos novamente encaminhar denúncia ao Ministério Público, solicitando investigação e abertura de ação civil pública, para que prefeito, diretores, gerentes e gestores sejam responsabilizados civil e criminalmente pelos acontecimentos recentes, não apenas desta última visita.
Até lá, o mínimo que esperamos é que seja implantado o trabalho em dupla, dentro da mesma viatura, no período noturno, e, óbvio, que não se mande trabalhadores para áreas de risco.